Projeções apontam governista Claudia Sheinbaum como nova presidenta do México

Atualizado em 2 de junho de 2024 às 23:32
Claudia Sheinbaum é candidata à presidência do México. Foto: Ulises Ruiz/AFP

Claudia Sheinbaum está prestes a ser confirmada como a primeira mulher presidenta do México. Segundo pesquisas de boca de urna, como a consultora Enkoll, ela obteve 58% dos votos, uma vantagem de 29 pontos percentuais sobre a segunda colocada, a senadora Xóchitl Gálvez, que teria recebido 29% dos votos. Mario Delgado, presidente do partido governista Movimiento de Regeneración Nacional (Morena), reforçou a ampla vantagem de Sheinbaum: “Não há dúvidas do triunfo de Claudia Sheinbaum”, afirmou.

As projeções do Morena já declararam Sheinbaum vencedora das eleições presidenciais do México neste domingo (2), embora o resultado oficial ainda não tenha sido divulgado. Em um discurso para os apoiadores na Cidade do México, Delgado destacou que a vitória aconteceu por uma margem “muito grande”.

O canal de televisão NMAS e o jornal El Financiero também indicaram a vitória de Sheinbaum em suas pesquisas, mas não divulgaram números específicos.

As urnas foram fechadas em grande parte do México por volta das 20h de Brasília, e os primeiros resultados preliminares eram esperados a partir das 23h deste domingo. Quase 100 milhões de mexicanos puderam votar, escolhendo não apenas o presidente, mas também prefeitos, governadores e membros do Congresso, totalizando cerca de 20 mil cargos em disputa, o maior número na história do México.

Claudia Sheinbaum em campanha no México. Foto: AFP
¨Quem é Claudia Sheinbaum

Com ideias notavelmente de esquerda, Claudia Sheinbaum, conhecida por sua trajetória de seriedade e foco desde a militância estudantil nos anos 1980, conquistou o apoio popular ao longo de sua campanha, aparecendo sorridente e distribuindo beijos e abraços entre os apoiadores. “Nem ela nem eu éramos de socializar com todo mundo”, comentou Guillermo Robles, colega de Sheinbaum no mestrado de engenharia energética da UNAM em 1987.

A provável nova presidente mexicana tem doutorado em engenharia ambiental pela UNAM e foi parte do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC), que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2007. De ascendência judia, ela se tornou militante do Conselho Estudantil Universitário (CEU) e se destacou por seu comprometimento, mesmo estando grávida de sua filha, Mariana.

Como prefeita de um distrito da Cidade do México, Sheinbaum enfrentou desafios como o desmoronamento de um colégio durante o terremoto de 2017, que matou 26 pessoas, incluindo 19 crianças. Ela também gerenciou a capital durante a pandemia de Covid-19 e após o colapso de uma linha de metrô que deixou 27 mortos e 80 feridos em 2021. Em ambos os casos, sua abordagem foi marcada por uma análise meticulosa e o uso de métodos científicos.

Durante a campanha, Sheinbaum foi acusada de frieza por sua principal oponente, Xóchitl Gálvez, que a chamou de “dama de gelo” durante um debate. No entanto, a campanha também revelou um lado afetuoso dela, que distribuiu beijos e abraços entre os apoiadores e compartilhou momentos pessoais, como a notícia de seu novo casamento com Jesús Tarriba, seu namorado de faculdade com quem se reencontrou pelo Facebook em 2016.

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