Promotor do Tribunal Penal Internacional pede prisão de Netanyahu e de líder do Hamas

Atualizado em 20 de maio de 2024 às 12:02
Benjamin Netanyahu e Yahya Sinwar. Foto: reprodução

O Promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, solicitou à corte que emita mandados de prisão contra o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por acusações de crimes de guerra e contra a humanidade.

Em entrevista à Christiane Amanpour, da CNN, nesta segunda-feira (20), Khan afirmou que também está buscando mandados para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, além de outros dois líderes de alto escalão do Hamas: Mohammed Diab Ibrahim al-Masri, conhecido como Mohammed Deif, e Ismail Haniyeh, líder político do Hamas.

Um painel de juízes avaliará agora o pedido do procurador Karim Khan para decidir se a corte emitirá uma ordem internacional de prisão, conforme informações do colunista Jamil Chade, do UOL.

Este é o primeiro caso concreto de uma ação legal contra um aliado do governo americano desde que a corte foi criada há pouco mais de 20 anos. No início do ano, a Corte Internacional de Justiça já havia ordenado Israel a tomar medidas para evitar um genocídio em Gaza.

Mulher palestina carrega criança na Faixa de Gaza após represálias de Israel aos ataques surpresa de Hamas
Mulher palestina carrega criança na Faixa de Gaza após represálias de Israel aos ataques surpresa de Hamas — Foto: Mahmud Hams/AFP

Yahya Sinwar, Mohammed Diab Ibrahim Al Marsi e Ismail Haniyeh são acusados de “extermínio, assassinato, de fazer reféns, estupro em prisões”. A procuradoria do Tribunal também apontou suspeitas similares sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant são acusados de causar “exterminação, usar a fome como método de guerra e de impedir a ajuda humanitária”.

Segundo o procurador-geral, os crimes contra a humanidade acusados foram cometidos como parte de um “ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestina de acordo com a política do Estado”. “Esses crimes, em nossa avaliação, continuam até hoje”, disse.

De acordo com ele, “Israel privou intencional e sistematicamente a população civil em todas as partes de Gaza de objetos indispensáveis à sobrevivência humana”.

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