O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) definiu a votação da proposta de resolução apresentada pelo Brasil para estabelecer um cessar-fogo humanitário em Gaza e a libertação dos reféns israelenses, agendando o voto para esta segunda-feira (16) às 18 horas em Nova York, EUA. Essa votação é vista como um teste para as principais potências mundiais.
Após um final de semana de intensas negociações, os diplomatas brasileiros estão otimistas de que o texto seja equilibrado o suficiente para evitar um veto de qualquer um dos membros permanentes do Conselho. Contudo, é importante notar que, nos últimos sete anos, nenhuma resolução relacionada à crise entre palestinos e israelenses foi aprovada no Conselho de Segurança da ONU.
Durante a reunião desta segunda, dois textos serão submetidos à consideração. O primeiro, proposto pela Rússia, defende a criação de um corredor humanitário, mas não faz menção explícita ao Hamas, o que provavelmente encontrará resistência por parte dos EUA e dos europeus.
O Brasil, por sua vez, aposta em uma abordagem alternativa. De acordo com uma versão do texto obtida pelo Uol, a proposta condena os “ataques do Hamas” e exige a libertação dos reféns israelenses, sinalizando claramente o esforço brasileiro para evitar um veto dos EUA.
Além disso, o texto faz um apelo para que o governo de Benjamin Netanyahu suspenda seu ultimato de evacuação dos palestinos no norte da Faixa de Gaza.
Em resumo, o texto busca estabelecer um “cessar-fogo humanitário” e garantir o acesso das agências da ONU às populações mais vulneráveis.
O Brasil, que assume a presidência do Conselho de Segurança em outubro, vê essa oportunidade como uma maneira de desempenhar um papel proeminente nas discussões sobre o conflito.
Os principais trechos da versão do rascunho da resolução que circulou no fim de semana entre os governos incluem:
– Condenação de toda violência contra civis e atos de terrorismo.
– Repúdio inequívoco aos ataques terroristas do Hamas e à tomada de reféns civis.
– Pedido pela libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis, com respeito ao direito internacional.
– Solicitação para o fim de medidas que privem civis de necessidades básicas, como eletricidade, água, combustível, alimentos e suprimentos médicos.
– Requerimento para a revogação imediata da ordem de evacuação e realocação de civis e funcionários da ONU em Gaza.
– Pedido por um cessar-fogo humanitário que permita o acesso sem obstáculos às agências humanitárias da ONU e parceiros.
– Ênfase na importância de um mecanismo humanitário de redução de conflitos para proteger instalações da ONU e locais humanitários.
– Apelo à contenção máxima de todas as partes envolvidas e de todos que possam influenciá-las para evitar a escalada na região.
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