A proprietária de uma casa de sadomasoquismo disfarçada de clínica de estética em Santos, São Paulo, está sob investigação por rufianismo, um crime que envolve o aproveitamento financeiro da prostituição de terceiros. A mulher, de 52 anos, foi detida após admitir que lucrava com exploração sexual, mas foi liberada após pagar fiança de R$ 2,8 mil.
Como conta o G1, a investigação começou a partir de uma denúncia anônima sobre atividades ilegais no local, localizado no bairro Encruzilhada. Policiais do 2° Distrito Policial (DP) descobriram que a casa funcionava como um espaço de prostituição há seis anos, apesar de se apresentar como uma clínica de estética e massagem.
Conforme o Código Penal, o rufianismo refere-se à exploração da prostituição de outrem, com penas que variam de 1 a 4 anos de prisão. Essa pena pode aumentar para 2 a 8 anos se houver evidências de que a exploração envolveu violência ou coação.
A delegada Daniela Perez Lázaro destacou ao portal que o crime não está na prática da prostituição em si, mas na exploração dessa atividade. No local, os policiais encontraram uma série de equipamentos relacionados ao sadomasoquismo, além de um bar com bebidas e medicamentos como a sildenafila, usados para favorecer a ereção. Durante a operação, uma testemunha se apresentou como massoterapeuta e negou estar se prostituindo, mas os agentes descobriram anotações que evidenciavam a exploração sexual.
A casa funcionava sem alvará e, segundo a proprietária, oferecia serviços há seis anos, contratando mulheres para atender clientes em eventos sadomasoquistas. O caso foi formalizado no 2° DP, onde tanto a dona quanto a testemunha foram conduzidas para registro da ocorrência. A situação levanta questões sobre a regulamentação da prostituição e a proteção de vítimas de exploração sexual.
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