Ele avisou.
O deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados, tem sido protagonista no noticiário nos últimos dias por conta do escândalo na compra das vacinas indianas.
Barros foi autor de uma emenda parlamentar que facilitou a compra dos imunizantes e ameaçou, em entrevista ao Estadão, “enquadrar” a Anvisa para acelerar o aval.
Na CPI, o deputado Luís Miranda contou que ouviu de Bolsonaro que era o caso Covaxin era “rolo de um deputado”. Entregou o nome de Ricardo Barros depois de ser apertado.
Ricardo Barros vive enrolado.
Em 2020, passou a ser investigado por lavagem de dinheiro e tráfico de influências a favor de empresas que atuam no ramo de energia eólica.
No caso da Global Gestão de Saúdes, autorizou na pasta ocupada hoje por Queiroga a antecipação de pagamentos de remédios que nunca foram entregues (aliás, os sócios da Global são os mesmos da Precisa Medicamentos).
Em 2006, ele lançou um livro que poderia muito bem ser uma autobiografia. O nome é “De olho no dinheiro do Brasil”.
Oficialmente, a obra trata de “transparência na administração pública” e é voltado a profissionais de Direito Financeiro, ramo do direito público dedicado ao tratamento que o Estado dá aos recursos arrecadados com nossos impostos.
Quem leu não pode reclamar que não sabia de suas intenções.