Prótese peniana mais cara foi para uma melhor ereção, diz Exército ao TCU

Atualizado em 29 de maio de 2022 às 10:30
imagem de próteses penianas na mão de uma pessoa, que usa luvas na cor azul.
Hospitais enviaram notas de esclarecimento ao TCU sobre o assunto. Foto: Shutterstock

Dois hospitais do Exército Brasileiro afirmaram ao Tribunal de Contas de União (TCU) que compraram R$ 3,5 milhões em próteses penianas infláveis porque são mais semelhantes com a “ereção fisiológica”. De acordo com os militares, as próteses maleáveis, 33 vezes mais baratas, faria com que o paciente tivesse que “dobrar o pênis para vestir uma roupa”.

As informações foram enviadas pelos hospitais militares na semana passada ao TCU, responsável por apurar o uso de dinheiro público pelo Exército para comprar próteses penianas no ano de 2021. A investigação, que tem como relator o ministro Vital do Rêgo, foi solicitada no mês passado pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO).

Ministério da Defesa adquiriu quase duzentas próteses em dois anos

Nos últimos dois anos, o Ministério da Defesa comprou cerca de 170 próteses maleáveis por R$ 267,5 mil, e 60infláveis, por R$ 3,5 milhões. A prótese maleável, que é autorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Agência Nacional de Saúde (ANS), custa 3% do que foi pago pelos militares. De acordo com os hospitais, as próteses maleáveis custaram de R$ 1.535 a R$ 1.700 e as infláveis foram de R$ 50.150 a R$ 60.717.

Até agora, apenas dois hospitais militares enviaram explicações ao tribunal: o Hospital Militar de Área do Recife, na quinta-feira (26), e o Hospital Militar de Área de Campo Grande, na sexta (27).

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