PSOL e deputados denunciam Eduardo ao STF, PGR e Conselho de Ética por comparar professores a traficantes

Atualizado em 10 de julho de 2023 às 14:34
Eduardo Bolsonaro com cara de espanto, de perfil
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi denunciado por comparar professores a traficantes. Foto: Reprodução

O PSOL e deputados federais denunciaram Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por comparar professores a traficantes de drogas. A sigla, Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e Idilvan Alencar (PDT-CE) acionaram o Conselho de Ética da Câmara, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo apuração sobre a declaração do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Luciene e Idilvan apresentaram uma notícia-crime à PGR e solicitaram a instauração de um inquérito contra a “prova inequívoca” do discurso de Eduardo, que foi gravado.

“A fala em questão é um convite para que os ouvintes ajam contra os professores, para que os impeçam de lecionar conteúdos que não sejam aceitos pela sua visão de mundo. Importante contextualizar que a fala foi feita em um evento pró-armas de fogo em um momento do país com recorrentes ataques violentos às escolas e aos professores”, afirma a denúncia.

A deputada também apresentou uma notícia-crime e uma queixa-crime ao STF, pedindo a condenação de Eduardo por calúnia e difamação. Ela diz que a pena contra o deputado pode ser aumentada por dois motivos: crime cometido contra funcionários públicos e por ter feito a declaração na frente de várias pessoas, ampliando sua divulgação

Idilvan ainda prometeu enviar um ofício aos ministérios da Justiça, dos Direitos Humanos e da Cidadania para que as pastas “tomem providências”. Ele diz que a fala de Eduardo é “criminosa” e representa “apologia à violência contra professores”.

O PSOL acionou o Conselho de Ética contra o deputado, pedindo sua cassação. Segundo o líder da federação PSOL-Rede na Câmara, Guilherme Boulos, a fala é “repugnante”. “É sintomático que essa declaração venha daqueles que passaram quatro anos destruindo a educação e combatendo o papel dos professores na sociedade brasileira”, afirmou.

Sâmia Bomfim também acionou a PGR. Segundo ela, Eduardo “utilizou palanque de um evento armamentista pra incitar ódio contra professores e os igualar a bandidos é crime”.

Neste domingo (9), durante discurso em evento pró-armas em Brasília, Eduardo disse que não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime”.

“Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo tipo de relação”, afirmou o deputado.

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