O diretório estadual do PT de São Paulo acionou o Ministério Público Eleitoral do estado contra o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista. Em representação enviada ao órgão, a sigla afirma que o evento pode gerar um novo ataque terrorista, como o 8 de janeiro em Brasília.
O PT pede que o MP adote medidas para prevenir e investigar eventuais crimes contra o Estado democrático de Direito, além de um possível financiamento irregular do ato e propaganda eleitoral antecipada.
“Não se nega o direito de livre manifestação de pensamento e a possibilidade de realização de manifestações públicas. Tais direitos, todavia, não podem afrontar o Estado Democrático de Direito”, diz o documento enviado ao MP, assinado deputado federal Kiko Celeguim, presidente do diretório.
A representação também pede que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a Polícia Militar esclareçam quais serão os protocolos adotados “para garantir que os atos convocados não se desvirtuem em um novo movimento de tentativa de ruptura democrática”.
A bancada de deputados estaduais do PT de São Paulo se reuniu nesta terça (20). Os parlamentares petistas decidiram usar o evento para criticar a presença de Tarcísio e do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ao lado de Bolsonaro.
O ato foi convocado pelo próprio ex-presidente e seria uma forma de se “defender de todas as acusações”, segundo ele. O evento, idealizado e financiado pelo pastor Silas Malafaia, ocorre no próximo domingo (25).