Sem partido desde novembro de 2019, quando rompeu com o PSL, o presidente Jair Bolsonaro busca alternativas para para a eleição de 2022. Desde o ano passado, o PTB é um dos que estão na mira do presidente. O acordo, porém, deve sair do papel. Segundo apurou o DCM, a sigla fez um convite com grandes promessas ao mandatário.
A estratégia é ter o apoio de diversos deputados que migrariam junto com Bolsonaro ao partido. Três bolsonaristas já deram certeza e abraçarão o desejo do presidente: Carla Zambelli, Coronel Tadeu e Marcelo Brum, insatisfeitos com a nova fusão PSL/DEM.
Outro objetivo do PTB, que é comandado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson, preso desde o dia 13 de agosto, é ter um grande tempo de TV durante a campanha eleitoral.
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Conservadorismo
Mirando a filiação do presidente, o PTB deu uma guinada ideológica e redefiniu sua política de alianças. A sigla reformou o seu programa e estatuto e abraçou o conservadorismo. O primeiro parte da nova cara do partido, em vigor desde novembro do ano passado, aponta “caminhos para um estado mínimo necessário”.
Também houve uma mudança de símbolos: partido adotou as cores da bandeira nacional em seu logotipo e passou a ter como emblemas o leão e a leoa, que representam a família cristã. Nas redes, tornou-se um ardoroso defensor de Bolsonaro, mimetizando os apoiadores mais radicais do presidente.
Condições
Ano passado, Bolsonaro impôs algumas condições para sua filiação. Ele pediu a indicação de dois nomes para compor a Executiva Nacional, além da nomeações em diretórios estaduais e municipais que considerar estratégicos. Outro desejo do presidente é que a legenda que vá recebê-lo acrescente ao estatuto uma cláusula proibindo alianças com partidos de esquerda.