Putin vai à Coréia do Norte e assina pacto “pacífico” e “defensivo” com Kim Jong-un

Atualizado em 19 de junho de 2024 às 22:12
Putin e o líder norte-coreano Kim Jong-un. Foto: Gavriil Grigorov

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira, após uma reunião com o líder norte-coreano Kim Jong-un em Pyongyang, que o Tratado de Parceria Estratégica Abrangente, assinado entre os dois países, inclui assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes.

“O tratado de parceria abrangente assinado hoje prevê, entre outras coisas, a assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes do acordo”, disse Putin, descrevendo o acordo como um “documento inovador”.

Kim Jong-un declarou que o tratado é “pacífico” e “defensivo” por natureza, expressando confiança de que ele “será uma força motriz que acelerará a criação de um novo mundo multipolar”. Durante a cerimônia de assinatura do Tratado de Parceria Estratégica Abrangente, Putin destacou as recentes declarações dos EUA e de outros países da OTAN sobre o fornecimento de sistemas de armas de longo alcance e aeronaves F-16 a Kiev, considerando isso uma violação flagrante das restrições internacionais adotadas pelos países ocidentais.

Putin também mencionou que a Rússia está aberta ao desenvolvimento da cooperação técnico-militar com a Coreia do Norte. Além disso, ele ressaltou que os dois países estão fortalecendo relações em áreas como agricultura, cultura, educação, esportes e turismo. “Apesar das pressões externas, nossos países estão se desenvolvendo com sucesso de forma soberana e independente”, afirmou Putin, acrescentando que ambos “defendem uma ordem mundial multipolar mais justa e democrática” e continuarão a se opor às sanções.

Kim Jong-un qualificou a visita de Putin como um “grande momento histórico”, e ambos os líderes sublinharam que Rússia e Coreia do Norte seguem uma política externa independente, rejeitando a chantagem e a imposição de sanções politicamente motivadas, que consideram prejudiciais ao sistema político e econômico global.

Putin enfatizou que Pyongyang tem o direito de tomar medidas para garantir sua segurança, e que Moscou está disposta a continuar seus esforços políticos e diplomáticos para evitar um conflito armado na península coreana.

Kim chamou a Rússia de “o amigo e parceiro mais honesto” e referiu-se a Putin como “o amigo mais querido do povo norte-coreano”. A última visita de Putin à Coreia do Norte foi em 2000, durante seu primeiro mandato presidencial, quando o líder norte-coreano era Kim Jong-il.

O atual líder norte-coreano visitou a Rússia em abril de 2019 e setembro de 2023, visitando o Cosmódromo Vostochny, na província de Amur, várias fábricas de montagem de aeronaves e um navio de guerra da Frota Russa do Pacífico.

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