Quaest: 52% das publicações nas redes sociais são contra PL do aborto

Atualizado em 14 de junho de 2024 às 17:32
Violência contra a mulher. Foto: Depositphotos

Uma pesquisa Quaest divulgada nesta sexta-feira (14) aponta que mais de metade das postagens em redes sociais são contrárias ao Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio.

Entre os dias 12 e 14 de junho até às 13h30, foram coletadas 1,1 milhão de menções sobre o tema no X (antigo Twitter), Facebook e Instagram.

Segundo a pesquisa, 52% das publicações são contra o PL, enquanto 15% são a favor do projeto.

Quaest: 52% das publicações nas redes sociais são contra o PL do aborto. Foto: Quaest

“O debate produziu aproximadamente 12 milhões de interações em redes sociais, entre visualizações, comentários, likes e compartilhamentos. Sendo que 47% dessas interações aconteceram no dia 13/6”, indicou a pesquisa.

Entre as principais palavras mencionadas nas publicações, destacam-se “projeto”, “#pl1904não”, “criança”, “mulher”, “mãe” e “gravidez”.

Principais palavras mencionadas nas publicações sobre o PL 1904. Foto: Quaest

Na última segunda-feira (12), a Câmara dos Deputados aprovou a urgência da tramitação do projeto, de autoria do deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). A proposta contou com o apoio da bancada evangélica.

Atualmente, a lei brasileira permite o aborto em três situações: quando a gestação é fruto de um estupro, incluindo a gravidez infantil; se a gravidez representa risco à vida da mulher; e se o feto for anencéfalo.

O PL altera o Código Penal e estabelece que o aborto realizado com mais de 22 semanas será considerado homicídio. Após esse período, mesmo em caso de estupro, a prática será criminalizada.

Gráfico mostra como o tema repercutiu nas redes sociais. Foto: Quaest

Com isso, a proposta prevê que a pena para a mulher que realizar o procedimento seja mais severa do que a prevista para o estuprador. A pena, nesse caso, varia de 6 a 20 anos de prisão.

No caso de estupro, segundo o artigo 213 do Código Penal, a pena mínima é de 6 anos quando a vítima é adulta, podendo chegar a 10 anos.

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