O pai de Marielle Franco, Antônio Francisco, comemorou a condenação dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, que confessaram o assassinato da vereadora, e questionou quando os mandantes serão sentenciados. Ele pediu um prosseguimento das investigações e quer um julgamento dos responsáveis pela ordem.
“Hoje tivemos uma resposta com a condenação dos réus confessos. Para nós, era de suma importância a condenação deles. Se a Justiça não tivesse condenado esses assassinos cruéis, não teríamos um minuto de sossego. Agora a pergunta que vamos fazer é: quando serão condenados os mandantes?”, questionou.
Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio recebeu uma sentença de 59 anos e 8 meses. Os dois fecharam acordo de delação premiada com a Justiça e devem cumprir penas menores por confessar participação no atentado.
Os suspeitos de serem os mandantes do assassinato são investigados em um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Os réus são Domingos Brazão (ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro); seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão; o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior; e os também ex-policiais militares Ronald Paulo de Alves Pereira e Robson Calixto Fonseca.
Os três primeiros são réus por homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle que estava no veículo no momento do atentado e sobreviveu. Robson, que é conhecido como Peixe, responde somente por organização criminosa.
Após a condenação de Lessa e Queiroz, Antônio ainda abraçou a neta, Luyara Santos, em uma parte reservada do Tribunal do Júri do Rio de Janeiro e afirmou: “Muitas famílias não tiveram a chance de ter essa sentença por seus entes, nós tivemos. Pela sua mãe, nós conseguimos”.
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