O ministro Alexandre de Moraes, do STF, votou a favor da continuidade e legalidade do inquérito das fake news nesta quarta, dia 17.
Na argumentação, deu exemplos de ameaças feitas por bolsonaristas.
“’Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros do STF’. Em nenhum lugar do mundo isso é liberdade de expressão. Isso é bandidagem, criminalidade. Postado por uma advogada do Rio Grande do Sul, incitando o estupro”, disse.
“Liberdade de expressão não é liberdade de destruição da democracia, instituições e honra alheia”.
O julgamento analisa uma ação do partido Rede Sustentabilidade, que contestou a abertura do inquérito.
A própria Rede mudou de ideia depois e pediu pela continuidade do caso.
Moraes estava citando a advogada Cláudia Teixeira Gomes, do Rio Grande do Sul, cidadã de bem, seguidora de Jair Bolsonaro.
Essa canalhice foi publicada por ela logo depois que o Supremo enterrou a prisão na segunda instância por seis votos a cinco em 2019.
“Incitar, publicamente, a violência é atentar contra as boas práticas de conduta que regem o Estado Democrático de Direito, ainda mais vindo de uma advogada que presta juramento no qual está decretado o seu papel em defesa da constituição”, apontou.
Chegou o dia dessa corja pagar pelo que fez.
Precisamos reconhecer a gravidade desses ataques. Estupro não é liberdade de expressão. Homicídio não é liberdade de expressão. https://t.co/z0JfQTnAEc
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) June 17, 2020