“Queima-rosca”: nutricionista é preso por ataques homofóbicos em Brasília

Atualizado em 9 de setembro de 2024 às 15:36
Momento em que Daniel Novais foi preso por homofobia. Foto: reprodução

No último sábado (7), o nutricionista Daniel Azevedo Novais, de 38 anos, foi preso em flagrante após agredir verbalmente Igor de Oliveira Saraiva, 35 anos, assessor da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Distrito Federal (GDF). O incidente ocorreu em um bar de Brasília, e levou à intervenção da Polícia Militar, que conduziu o acusado à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), onde foi indiciado por injúria preconceituosa.

Em vídeo que viralizou nas redes sociais, Igor relatou que chegou ao bar por volta das 21h30 com três amigas e aguardou por uma mesa. Quando o grupo foi acomodado, já havia um homem no local, que foi orientado a se mover para outro assento. A partir daí, segundo a vítima, começaram os ataques.

“Ele começou a me provocar, afirmando que minhas amigas eram ‘velhas’ e que poderiam ser mais novinhas para sentarem ao lado”, afirmou o servidor. O agressor também fez comentários depreciativos sobre uma das amigas de Igor, dizendo que “a bunda dela até que era gostosa”.

Conforme a situação foi se intensificando, os insultos passaram a ser direcionados diretamente a Igor, com xingamentos homofóbicos como “viadinho” e “queima-rosca”. Além das agressões verbais, o nutricionista também atirou objetos em Igor. O assessor relatou o ocorrido aos funcionários do bar, mas foi informado de que o local não dispunha de seguranças para lidar com a situação.

“A gente se cansa. Só queremos sair para comer, para se divertir com os amigos, eu não estou pedindo nada além disso. Só que chega uma hora que a gente precisa vomitar. Então a brincadeira do ‘viadinho’, da ‘bichinha’… eu cheguei nesse bar por volta de 4 horas. Desde a hora que eu cheguei, eu fui agredido”, desabafou.

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Um ataque homofóbico cometido contra um assessor da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do #DistritoFederal (GDF) terminou com a prisão em flagrante de um homem, de 38 anos, na noite de sábado (7/9), em um bar na Quadra 202 da Asa Norte. O autor foi conduzido pela #Polícia Militar até a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), onde foi indiciado por injúria preconceituosa devido ao fato de ter xingado a vítima de “queima-rosca” e “viadinho”. De acordo com o assessor Igor de Oliveira Saraiva, de 35, ele e três amigas chegaram ao #bar por volta de 21h30 e aguardaram até uma mesa ser desocupada. Quando um funcionário do estabelecimento levou os quatro clientes ao local em que eles ficariam, viu que já havia um homem lá, que foi orientado a ocupar o espaço ao lado. Com isso, Igor e as amigas ficaram próximos das cadeiras em que estavam outros três homens, entre eles o nutricionista Daniel Azevedo Novais. Daniel, segundo o assessor, seria o homem mais velho da mesa e “comandava” os ataques. “Ele começou a me provocar afirmando que as minhas amigas eram ‘velhas’ e que poderiam ser mais novinhas para sentarem ao lado. Quando uma delas se levantou, ele afirmou que a ‘bunda dela até que era gostosa’”, afirmou o servidor. Igor relatou na delegacia que os insultos foram ficando mais agressivos, e o nutricionista começou a xingá-lo de “viadinho” e “queima- rosca” por diversas vezes. “Logo em seguida, ele passou a atirar objetos nas minhas costas que não sei ao certo o que era. Chamei funcionários do bar para relatar o que estava ocorrendo, mas afirmaram que não poderiam fazer nada já que o estabelecimento não contava com segurança”, disse o assessor. Após a chegada de um amigo de Igor ao bar, ele tentou convencer o nutricionista a cessar com os ataques, mas recebeu am3aças como resposta. A PM foi acionada, e equipes do Grupo Tático Operacional (GTOp) do 3º Batalhão da PM foram até ao local e conduziram Daniel Novais e outro homem que estava na mesa até a 5ª DP. Em seu termo de declaração, já na delegacia, o autor dos ataques negou que tivesse xingado o servidor público. Logo em seguida, Daniel Novais preferiu ficar em silêncio e se manifestar apenas em juízo. #tiktoknotícias

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A chegada de um amigo de Igor ao bar intensificou ainda mais o conflito, quando este tentou mediar a situação e foi ameaçado por Daniel. Diante disso, a Polícia Militar foi acionada, e equipes do Grupo Tático Operacional (GTOp) do 3º Batalhão da PM chegaram ao local, conduzindo Daniel e outro homem da mesa à delegacia.

No depoimento dado à polícia, Daniel negou as acusações e, em seguida, optou por permanecer em silêncio, afirmando que se manifestaria apenas em juízo. Apesar da negação, o caso foi classificado como injúria preconceituosa, levando à prisão em flagrante do agressor.

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