A Amazônia se tornou a maior emissora de gases de efeito estufa do planeta nos últimos dias, de acordo com dados do programa europeu de observação da Terra, Copernicus.
O aumento das emissões está relacionado ao avanço do desmatamento e ao número recorde de queimadas na região. Lucas Ferrante, pesquisador da USP e da Universidade Federal do Amazonas, destaca que o grande volume de monóxido de carbono e aerossóis registrado na atmosfera da Amazônia é um dos principais indicadores desse fenômeno.
Vale ressaltar que esses gases são diretamente associados ao aquecimento global, agravando a crise climática.
Camila Silva, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), explica que a emissão contínua de gases de efeito estufa pela Amazônia pode ter impactos globais duradouros, como o aumento dos níveis do mar e mudanças significativas nos padrões climáticos.
As queimadas na Amazônia também afetam diretamente a vida dos moradores da região. O município de São Félix do Xingu, no Pará, é o mais atingido, com quase 5 mil focos de calor registrados. O prefeito da cidade, João Cleber de Souza Torres, atribui a situação à estiagem severa e ao uso tradicional do fogo para limpar terrenos. A fumaça, que se espalha por quilômetros, afeta a saúde humana e animal e compromete atividades econômicas locais.
Além destes problemas, o combate ao fogo enfrenta desafios logísticos e falta de infraestrutura adequada, tornando ainda mais difícil controlar a crise.
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