Queiroz deixou o arbítrio nu. Por Ricardo Cappelli

Atualizado em 23 de dezembro de 2018 às 10:14
Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz

Publicado originalmente no Congresso em Foco

POR RICARDO CAPPELLI, jornalista

O implacável Ministério Público do Rio, que convidou o menino bobalhão, “Phd em não sei o quê” do MBL para palestrar num de seus encontros, assiste agora calado as ausências seguidas de Queiroz aos depoimentos.

O motorista milionário não está condenado, tem direito a ampla defesa, afinal, “plantar laranjas” com dinheiro público não é um crime em si, cabe explicação, obviamente.

O problema é que por muito menos o MP do Rio pediu e o nobre juiz Marcelo Bretas prendeu, humilhou, invadiu casas, pintou e bordou. Tudo sem o trânsito em julgado.

Queiroz faltou duas vezes seguidas. Não caberia uma condução coercitiva? Alguns foram submetidos a este artifício sem nunca terem sido convocados. Quando será a busca e apreensão nos endereços da família Queiroz?

Um novo projeto de poder está em curso no país reunindo uma extrema direita raivosa e ressentida, o capital financeiro abutre e uma parcela da burocracia estatal antinacional e antipovo.

Perseguirão implacavelmente todos que se colocarem no caminho do sequestro do orçamento público pelas corporações e da venda dos interesses estratégicos da nação. Aí de quem resolver questionar auxílio moradia e outras mordomias, os penduricalhos pagos com o dinheiro da viúva são sagrados.

A condução do caso Queiroz fala por si. É a consagração inconteste do Estado de Exceção no Brasil. Parece só o começo da perseguição desenfreada e parcial que será comandada por “Hoover” e sua trupe a partir do dia 1°.

O caso Queiroz está deixando o arbítrio nu. Liberais autênticos começaram a se levantar, sabem que cedo ou tardd entrarão na fila do “Reich”.

Construir uma Frente Democrática não é uma simples opção tática. É uma necessidade histórica. Tomara que não precise piorar mais para que os progressistas brasileiros compreendam isto.