A juíza Kismara Brustolin, da Vara de Trabalho de Xanxerê (SC), foi suspensa do cargo após gritar com uma testemunha durante uma audiência virtual no último dia 14. A conduta da magistrada será investigada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região – Santa Catarina (TRT-12).
Natural de Caxambu do Sul, interior de Santa Catarina, a juíza é formada em Direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). Brustolin foi estagiária na 1ª Vara Criminal de Chapecó, além de atuar como juíza substituta no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região – Mato Grosso do Sul (TRT-24).
A catarinense foi servidora do TRT-12 por oito anos e meio. Brustolin também trabalhou como técnica e analista Judiciário, atuando nas Varas do Trabalho de São Miguel do Oeste, 1ª de Criciúma e no gabinete da juíza Lígia Maria Teixeira Gouvêa.
De acordo com o Portal de Transparência da corte, a magistrada recebe um salário de R$ 37,4 mil, incluindo uma indenização de R$ 1,7 mil e vantagens eventuais somando R$ 1,7 mil, segundo a folha de pagamento de outubro.
Além do valor mensal, a juíza ganhou, entre janeiro e outubro deste ano, R$ 58.920 mil em benefícios da magistratura, os chamados penduricalhos. Somando salários e penduricalhos, Brustolin obteve um rendimento mensal líquido de R$ 297.200.
Em setembro, a magistrada recebeu, além do salário, R$16.863,79 em indenizações e R$ 9.324,39 de vantagens eventuais. Esses penduricalhos são valores que não integram o salário mensal dos juízes e podem ser pagos acima do teto de R$ 41,6 mil, valor equivalente aos vencimentos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, a renda líquida da juíza naquele mês foi de R$ 49.500.