Cotada para ser vice do ex-presidente Donald Trump nas eleições de 2024 nos Estados Unidos, a governadora de extrema-direita de Dakota do Sul, Kristi Noem, se gabou de ter matado o próprio cachorro e uma cabra em um livro. Ela é ex-parlamentar e foi a primeira mulher a chefiar o estado, eleita com apoio do então mandatário do país.
A gestão de Krsiti no estado ficou marcada por sua recusa em determinar o uso obrigatório de máscaras durante a pandemia de Covid-19. Ela também não promoveu nenhuma medida de isolamento social na ocasião.
Durante a crise sanitária, ela ainda permitiu a reabertura de comércios e a volta da circulação da pessoas nas ruas apesar de um aumento crescente no número de infectados e mortos pela doença. Kristi alegou que deixaria a decisão “nas mãos do povo”.
Nascida em Watertown, Kristi foi criada na fazenda da família e chegou a estudar Ciências Políticas pela Universidade Estadual de Dakota do Sul, mas desistiu do curso para administrar a propriedade da família após a morte do seu pai, em 1994.
Antes de ser governadora, ela foi membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a câmara baixa do Congresso americano, pela Dakota do Sul. A política foi líder da maioria e ficou conhecida no posto por defender o aumento dos direitos de posse de armas e reformas tributárias. Casada e mãe de três filhos, a governadora também é ativista contra o aborto.
A republicana é banida em uma área que equivale a 15% do próprio estado. O local é ocupado por quatro tribos indígenas americanas e ela é proibida de se aproximar delas após associá-las a cartéis de drogas mexicanos.
Ela gerou repercussão recentemente por algumas páginas de seu livro, que será publicado em breve e teve trechos vazados. Na obra, ela relata que abateu o filhote Cricket, de 14 meses, por ser “intreinável e perigoso”. “Eu odiava aquele cachorro”, diz a governadora.
“Kristi escreve que tentou controlar o cachorro com uma coleira eletrônica, mas depois de um incidente em que o animal atacou galinhas da fazenda vizinha, tomou a decisão de abatê-lo, jogando-o em um poço de cascalho”, diz trecho do livro obtido pelo jornal britânico The Guardian.
Na obra, ela ainda conta que matou uma cabra na fazenda da família por considerá-la “má, nojenta e malcheirosa”. Segundo Kristi, o animal costumava perseguir e perturbar seus três filhos e, por isso, decidiu abatê-lo.
A governadora argumenta, no próprio livro, que o objetivo de narrar os abates é mostrar que ela tem atitudes de coragem em situações difíceis. “Seja administrando a fazenda ou na política, nunca passei minhas responsabilidades para outra pessoa, mesmo que seja difícil e doloroso. Eu segui a lei, fui mãe e vizinha responsável”, diz trecho da obra.