Quem é Alessandro Moretti, número 2 da Abin demitido por interferência em investigação sobre espionagem

Atualizado em 30 de janeiro de 2024 às 23:10
Alessandro Moretti falando em microfone com expressão séria
Alessandro Moretti foi demitido hoje – Reprodução

Alessandro Moretti, ex-número dois da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), demitido pelo governo federal nesta terça-feira (30), já foi o braço direito de Anderson Torres.

Ele atuou como secretário-executivo da Segurança Pública do DF entre 2019 e 2021, na primeira gestão de Torres, que chegou a ser preso sob acusação de omissão nos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Moretti também atuou como diretor de Inteligência Policial (2022 a 2023) e de Tecnologia da Informação e Inovação (2021 a 2022) da Polícia Federal na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Ele ainda foi diretor de Gestão e Integração de Informações da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em 2020.

Alessandro Moretti falando e gesticulando
Alessandro Moretti – Reprodução

Bem antes, no início dos anos 2000, Alessandro Moretti era um dos responsáveis pela investigação da guerra dos caça-níqueis no Rio de Janeiro. Além disso, ele colaborou na investigação que culminou na prisão do maior contrabandista do país, o empresário Law Kin Chong, em São Paulo.

A demissão de Moretti ocorreu após a Polícia Federal apontar que a atual gestão tem prejudicado as investigações sobre o esquema de espionagem ilegal da agência. Marco Cepik, atual comandante da Escola de Inteligência do órgão, vai substitui-lo.

Na avaliação de membros de Executivo, apesar de não existir uma denúncia concreta contra Moretti, houve um processo de desgaste com o governo e existe uma desconfiança sobre sua relação com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

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