Alessandro Moretti, ex-número dois da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), demitido pelo governo federal nesta terça-feira (30), já foi o braço direito de Anderson Torres.
Ele atuou como secretário-executivo da Segurança Pública do DF entre 2019 e 2021, na primeira gestão de Torres, que chegou a ser preso sob acusação de omissão nos ataques golpistas de 8 de janeiro.
Moretti também atuou como diretor de Inteligência Policial (2022 a 2023) e de Tecnologia da Informação e Inovação (2021 a 2022) da Polícia Federal na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Ele ainda foi diretor de Gestão e Integração de Informações da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em 2020.
Bem antes, no início dos anos 2000, Alessandro Moretti era um dos responsáveis pela investigação da guerra dos caça-níqueis no Rio de Janeiro. Além disso, ele colaborou na investigação que culminou na prisão do maior contrabandista do país, o empresário Law Kin Chong, em São Paulo.
A demissão de Moretti ocorreu após a Polícia Federal apontar que a atual gestão tem prejudicado as investigações sobre o esquema de espionagem ilegal da agência. Marco Cepik, atual comandante da Escola de Inteligência do órgão, vai substitui-lo.
Na avaliação de membros de Executivo, apesar de não existir uma denúncia concreta contra Moretti, houve um processo de desgaste com o governo e existe uma desconfiança sobre sua relação com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
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