A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta terça-feira (18), o tenente-coronel da Aeronáutica Euro Brasílico Vieira Magalhães na 10ª fase da Operação Lesa Pátria, que tem como objetivo identificar os suspeitos que participaram dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.
O simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi detido no Rio de Janeiro. Ele é um dos 16 alvos dos mandados de prisão preventiva decretados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF também cumpre 22 mandados de busca e apreensão. Os mandados são cumpridos no Distrito Federal e em sete estados: Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nas redes sociais do simpatizante do ex-presidente há diversas fotos de Bolsonaro e ataques direcionados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também compartilhou vários vídeos em manifestações a favor do ex-chefe do Executivo após a derrota do ex-capitão nas urnas.
O militar também esteve presente no quartel do Exército em Brasília, de onde alimentava um canal no Youtube com incitações aos golpistas. Ele ainda participou de uma manifestação que pedia a “liberdade aos patriotas” presos após os ataques terroristas na capital federal.
Além do tenente-coronel, a PF prendeu cinco bolsonaristas em Minas: Sílvio de Melo Rocha, Dalila Gonçalves de Carvalho, Aline Leal Bastos Morais de Barros, Sara Sany Silva e Pinto e Marco Túlio Rios Carvalho (que já estava em prisão preventiva). No Pará também foi presa a professora Claudebir Beatriz Da Silva Campos.
Os indivíduos serão investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.