No último domingo (7), o criminoso Adolfo Macías, conhecido como Fito, escapou da prisão e provocou uma onda de violência no Equador. O presidente recém-empossado Daniel Noboa declarou de estado de emergência em todo o país. Fito, de 44 anos, lidera a facção criminosa Los Choneros, considerada uma das mais perigosas do país.
Desde 2011, ele cumpria pena em uma prisão no litoral próximo a Guayaquil, sendo condenado a 34 anos por crime organizado, narcotráfico e homicídio. A imprensa local relata que o criminoso desapareceu pouco antes de ser transferido para uma prisão de segurança máxima. Mais de 3 mil policiais estão mobilizados para procurá-lo, inclusive nos telhados e esgotos da prisão.
Fito já havia escapado da prisão em 2013, navegando em um barco pelo rio Daule. Após essa fuga, continuou a controlar suas operações de tráfico de drogas e, segundo fontes locais, acumulou um patrimônio significativo.
Inicialmente, cogitou-se a possibilidade de Fito ter se escondido dentro da própria penitenciária, controlada pelos Choneros. Essa facção, originária da Província de Manabí, mantém laços significativos com o Cartel de Sinaloa, uma das maiores organizações criminosas do mundo, com base no México.
Além de confrontos com outras facções do narcotráfico, Los Choneros enfrentam acusações de homicídios, roubos e extorsões. As autoridades, inicialmente relutantes em reconhecer publicamente a fuga, foram obrigadas a fazê-lo após rebeliões em várias prisões no país evidenciarem a situação.
A invasão armada de um canal de televisão nesta terça (7) chamou a atenção internacional para a precária situação de segurança pública no país. A autoria dessa invasão ainda não está clara, se é vinculada aos Choneros ou a outro grupo criminoso.
O Equador, por sua localização estratégica e fragilidades institucionais, tornou-se alvo de organizações criminosas que operam não apenas como rota de tráfico, mas também como base para atividades criminosas.
As rebeliões em prisões subsequentes à fuga de Fito levaram o presidente a decretar estado de emergência, permitindo o apoio das Forças Armadas na manutenção da ordem.
Um toque de recolher foi imposto, e medidas de segurança, incluindo uma nova unidade de inteligência e planos para detenção temporária de prisioneiros em navios-prisão, foram implementadas para lidar com a crescente violência no sistema penitenciário equatoriano.
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