O youtuber e influencer digital Ronaldo Souza, conhecido como Gato Galático, virou estrela do X, antigo Twitter, após um post realizado por ele em seu perfil.
Internautas experientes rapidamente notaram que o influencer estaria fazendo apologia ao nazismo, uma vez que postagens enfatizando o consumo de leite cru são gestos utilizados por grupos supremacistas brancos em todo o mundo.
Quem é Ronaldo Souza
Ronaldo Azevedo Souza, nascido em 23 de janeiro de 1990, é famoso na internet.
Conta com mais de 17 milhões de inscritos e 5 bilhões de visualizações em suas redes.
Natural de Gramado, no Rio Grande do Sul, começou sua trajetória no YouTube com a produção de vídeos animados que rapidamente fizeram sucesso.
O personagem principal de seus curtas era conhecido como ”Cueio”, que logo conquistou uma legião de fãs.
Gato Galático passou por uma mudança em seu conteúdo, deixando as animações de lado e focando no público infantil.
A legião de fãs que já era grande se tornou ainda maior.
No entanto, a mudança causou insatisfação por parte dos seguidores antigos.
Muitos criticaram a postura do youtuber, afirmando que ele havia abandonado seu trabalho com animações, muito bem elogiado, para focar em conteúdo infantil apenas por dinheiro.
Recentemente, o ídolo teen afirmou ter se convertido ao cristianismo.
Mais uma vez, seus seguidores estranharam a mudança de comportamento, pois ele começou a realizar muitos posts com teor religioso.
Vale lembrar que além dos milhares de seguidores na internet, o jovem arrasta multidões pelos shows que faz pelo Brasil e no mundo.
5 segundos pra começar pic.twitter.com/RbXV3HpdBf
— Ronaldo Souza (@OGatoGalactico) October 9, 2023
Polêmicas
Uma polêmica recente de Ronaldo foi com o também influencer digital Felipe Neto.
Tudo começou após o STF descriminalizar o porte de maconha.
Felipe comentou a notícia, comparando o uso da maconha com os malefícios do consumo de álcool.
Ronaldo, insatisfeito com o post de Neto, respondeu chamando-o de ”Lúcifer”: ”Disse Lúcifer enquanto esfregava as mãos, revelando a maldade do que acabara de pronunciar”, escreveu.
Disse Lúcifer enquanto esfregava as mãos, revelando a maldade do que acabara de pronunciar. https://t.co/4cXr9OkCJe
— Ronaldo Souza (@OGatoGalactico) June 26, 2024
Felipe, surpreso, respondeu com outro tuíte: ”Embasbacado com o que se tornou aquele ‘gato galático’… Mlq [Ronaldo] era animador de vídeos non-sense…”, disse.
Embasbacado com o que se tornou aquele “gato galático”…
Mlq era animador de vídeos non-sense…
Virou uma cópia série-C do meu irmão, só q na versão extremista religiosa, inserindo mensagens políticas de vcs sabem quem.
O cara literalmente me chamou de Lúcifer ontem ??♂️
— Felipe Neto ? (@felipeneto) June 27, 2024
Neonazismo
As declarações e posicionamentos controversos de Ronaldo não pararam por aí.
Na quinta-feira (27), o influencer publicou uma foto bebendo leite, questionando sobre a “descriminalização” da bebida.
A publicação repercutiu rapidamente, uma vez que a ação é associada a movimentos neonazistas americanos, que utilizam o ato de beber leite branco como símbolo da supremacia branca.
A legenda publicada pelo youtuber foi o principal ponto que deixou os usuários intrigados, questionando se ele estava, de fato, demonstrando apoio ao nazismo. “Podemos descriminalizar o leite cru também? Não faz o menor sentido ser ilegal”, escreveu Ronaldo.
A ação foi descrita como “apito de cachorro”, termo que se refere a mensagens ou discursos que contêm conotações racistas disfarçadas ou codificadas.
Essas mensagens, embora aparentemente inofensivas, permitem que grupos supremacistas e neonazistas se comuniquem de maneira dissimulada pelas redes sociais.
Embora aparentemente inofensivo, historiadores afirmam que não há dúvida sobre o significado do gesto.
“Nacionalistas brancos fazem manifestações bebendo leite para chamar a atenção para um traço genético conhecido por ser mais comum em pessoas brancas do que em outras – a capacidade de digerir lactose na idade adulta. É uma tentativa racista de se embasar em ‘ciência’ para diferenciar e justificar a ‘raça branca’. Mas, como já provado e explicado por toda ciência, não há evidência genética para apoiar qualquer ideologia racista. O que há é, na verdade, um governo tosco e motivado pelo ódio”, explicou o antropólogo David Nemer.
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