Publicado no Tijolaço de Fernando Brito.
Marcelo Caléro Faria Garcia, carioca da Tijuca, não é um apolítico.
Em 2010, foi candidato a deputado federal, na campanha de José Serra, pelo PSDB.
Depois, entrou no PMDB, já participando da gestão de Eduardo Paes, anunciando novas pretensões eleitorais.
Se Temer achou que ele era um “bobinho”, que só obedeceria ordens , errou feio.
Calero tem um olho no padre e outro na missa, além de vaidade e ambição, em grandes quantidades.
O que, claro, não invalida sua denúncia sobre a falcatrua que se armava.
Mas que desperta suspeitas de que haja, de fato, a gravação que se suspeita dos diálogos “pouco republicanos” de Temer.
Ainda mais quando se firmou a tese de que gravação clandestina é o método correto das relações políticas.
Calero está longe de ser um santo, é evidente.
É da nova camada de políticos que não se acomoda em partidos, mas em grupos e e algumas relações pessoais e as dele não podiam lhe oferecer estabilidade diante do papel de mero estafeta – ou ele não sabia? – que Temer dá á maioria dos seus ministros, especialmente nesta área “desprezível” da Cultura.
Despertou como gata borralheira no seu sonho de Cinderela ministerial, subitamente reduzido a ser mandado limpar as imundícies de Geddel.
É um poço de rancor e vaidade ferida.
Por isso é tão perigoso para Temer.