O candidato chavista na eleição de 14 de abril tem que provar que é mais que um fiel discípulo de Hugo Chávez.
O artigo abaixo é uma condensação de um texto do site venezuelanalysis
Nicolas Maduro, 50 anos, é um homem robusto e corpulento de 1,9 metro de altura, com um bigode preto grosso. Foi motorista de ônibus em Caracas durante sete anos, ministro das Relações Exteriores por mais seis e é agora presidente interino e candidato ao cargo maior do país.
Maduro nasceu em Caracas, no seio de uma família comprometida com a política. Seu pai, um dos fundadores do partido Ação Democrática (AD), organizadou a famosa greve do petróleo contra a ditadura em 1952. Terminada a greve, o pai de Maduro teve que fugir e se esconder.
Maduro conheceu Chávez como a maioria dos venezuelanos: pela televisão, quando Chávez assumiu a responsabilidade pela rebelião militar de 1992. Um ano depois, visitou Chávez na cadeia. Quando Chávez foi libertado, em 1994, Maduro passou a se dedicar integralmente ao movimento político chavista.
Ele fez parte da Assembleia Nacional Constituinte de 1999. Um ano depois, foi eleito para a Assembleia Nacional. Em janeiro de 2006 foi nomeado Presidente da Assembleia e, alguns meses depois, renunciou para se tornar ministro das Relações Exteriores.
Maduro é casado com a advogada Cilia Flores, nove anos mais velha que ele. Ela é uma figura importante no chavismo: presidenta da Assembleia Nacional e procuradora-geral da República. Eles têm um filho, o flautista Nicolas Ernesto, e um neto.
Escolhido por Hugo Chávez como seu herdeiro político, em 14 de abril Nicolas Maduro vai enfrentar o teste das urnas. Emergindo vitorioso, terá o desafio de ser o ‘motorista’ da Revolução Bolivariana e resolver problemas como a insegurança e a corrupção. Mas, acima de tudo, seu maior desafio será provar que tem luz própria