Conhecido por ser um dos defensores do modelo de escolas cívico-militares, o capitão Davi Lima Sousa é dono da Associação Brasileira de Educação Cívico-Militar (Abemil) e já lucrou ao menos R$ 11 milhões por meio de contratos sem licitação com Prefeituras. Ele ficou conhecido por fazer lobby pelo modelo de ensino.
Figura presente em reuniões com políticos, como prefeitos e até o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto, ele já disputou duas eleições com a bandeira da militarização das escolas do país.
Em 2018, Davi disputou uma vaga de deputado no Distrito Federal pelo PTC, mas terminou a eleição com somente 1.803 votos e o posto de suplente. Quatro anos depois, voltou a concorrer, mas por cadeira na Câmara dos Deputados e pelo PL, mesmo partido de Bolsonaro. Ele deixou a disputa de 2022 com 3.826 votos e a vaga de suplente pela coligação.
O militar começou a se destacar no lobby pelas escolas cívico-militares em 2019, quando o então presidente criou o PECIM (Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares). Na ocasião, Davi criou a Abemil e passou a oferecer serviços da entidade sem fins lucrativos para prefeituras de diversas cidades.
Ele é presidente da associação e participa pessoalmente de audiências públicas e reuniões com políticos municipais. O militar defende o modelo das escolas como uma forma de lutar contra a “ideologia” nas instituições.
O capitão usa suas redes sociais para convocar apoiadores de Bolsonaro a atos bolsonaristas e faz campanha para o ex-presidente nas duas últimas eleições. Apesar das redes do dono, a Abemil diz que é “independente e apartidária”.
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