Quem é o coronel bolsonarista que deve ser vice de Nunes

Atualizado em 12 de junho de 2024 às 16:27
O coronel bolsonarista Ricardo Mello Araújo (PL) foi chefe da Rota entre 2017 e 2019. Foto: Reprodução

Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, tem sido pressionado e aconselhado por aliados a convidar o coronel bolsonarista Ricardo Mello Araújo (PL) para ser vice em sua chapa na disputa deste ano. Seu nome foi uma indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Mello é coronel da reserva da Polícia Militar e já foi comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e presidente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) no governo Bolsonaro.

Durante sua gestão na Rota, ele ficou conhecido por dizer que a força, que é vista como a tropa de elite da PM, “trabalha mais com repressão” e deve ter “abordagens diferentes” com moradores da periferia e de bairros nobres da capital paulista.

À frente da CEAGESP, ele se tornou alvo de uma investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT) por denúncias de assédio e coerção contra funcionários sindicalistas. O bolsonarista também substituiu servidores da empresa estatal por amigos PMs, preenchendo 22 dos 26 cargos comissionados com agentes da reserva ou ex-membros da polícia.

Indicação do coronel bolsonarista para a chapa de Ricardo Nunes (MDB) foi feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Mello ainda coleciona polêmicas por posts nas redes. Em 2020, por exemplo, atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por impedir a nomeação do ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

Ele também atacou o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, pela imposição de quarentena durante a pandemia.

Seu nome passou a ganhar força nos bastidores após o anúncio da candidatura do coach Pablo Marçal (PRTB). Aliados de Nunes acreditam que ele pode ajudar a conter uma eventual migração de votos de eleitores de direita para o rival, que tem buscado o apoio de bolsonaristas na capital paulista.

O coronel ainda tem sido chamado de “Rambo de São Paulo” por bolsonaristas envolvidos na campanha do prefeito. Apesar do favoritismo, o União Brasil, que compõe a base de Nunes, tem discutido as indicações para ser vice na chapa de Nunes e sugeriu um general da reserva, uma pastora e até a ativista Luísa Mell.

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