Quem é o PM bolsonarista que chorou em depoimento ao STF

Atualizado em 21 de maio de 2024 às 16:37
O coronel Klepter Rosa Gonçalves, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, durante depoimento à CPI dos atos golpistas. Foto: Rinaldo Morelli/CLDF

Preso em agosto do ano passado por omissão durante os ataques terroristas de 8 de janeiro em Brasília, o coronel Klepter Rosa Gonçalves chorou durante depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele era subcomandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal durante o episódio.

O policial chegou a assumir o cargo de comandante-geral da corporação em fevereiro de 2023, meses antes de ser preso. Na ocasião, ele já ocupava o posto interinamente desde a prisão do coronel Fábio Augusto Vieira, detido em 10 de janeiro do mesmo ano.

Antes de assumir os cargos no comando da PM do Distrito Federal, ele atuou como professor da Academia de Polícia Militar de Brasília dando aulas sobre Análise Criminal, Gestão Operacional, Inteligência e Planejamento Estratégico.

Ele é bacharel em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul e possui MBA (Master of Business Administration) em Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação pela Fundação Getúlio Vargas.

Klepter foi preso por omissão durante o ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Foto: Antonio Cascio/Reuters

Na denúncia que motivou sua prisão, investigadores citaram um áudio compartilhado por ele que chamava o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “advogado de facção”, “vagabundo”, “ladrão” e “safado”.

O conteúdo era manipulado, falsamente atribuído ao ex-governador Ciro Gomes e ainda dizia que o processo eleitoral estaria “armado” e Bolsonaro teria “preparado” um golpe de Estado aos moldes da ruptura institucional de 1964.

Klepter foi solto em março deste ano por determinação de Moraes, junto dos coronéis Fábio Augusto Vieira e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-chefe do 1º Comando de Policiamento Regional. Ele foi chamado para depor ao Supremo ontem (20), no segundo dia de depoimentos de oficiais que são réus pelo ataque terrorista.

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