Integrante do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em Presidente Prudente (SP), o promotor de Justiça Lincoln Gakiya era um dos alvos de um plano de sequestro e morte do PCC, maior facção criminosa do país.
Na manhã desta quarta-feira (22), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que investiga o PCC por planejar ataques contra servidores públicos e autoridades, entre eles Gakiya e o senador Sergio Moro (União Brasil). A ação foi batizada de Sequaz.
Em 2019, quando Sergio Moro era ministro de Segurança Pública da gestão Bolsonaro, governos federal e de São Paulo transferiram Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais 21 integrantes do PCC para presídios federais. Gakiya foi o autor do pedido de transferência e, desde então, é alvo de ameaças de morte.
Na época, a operação foi realizada depois que o Ministério Público (MP) descobriu um plano da organização criminosa para resgatar os principais líderes da facção que estão presos na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo.
Desde as transferências, o promotor teria tido uma sentença de morte determinada pelo chamado tribunal do crime da facção e passado a receber ameaças. Atualmente, Gakiya vive sob escolta e vigilância.
O promotor de Justiça também é conhecido em países como Espanha e Portugal. Ele já deu entrevistas alertando para o problema do tráfico de drogas do Brasil para a Europa, e o risco de aumento de criminalidade nele embutida.
Gakiya entrou para o Ministério Público em 20 de dezembro de 1991. Ele foi convidado para assumir o Gaeco em 2008, onde se tornou peça chave do sistema penitenciário.