Rebeca Andrade emocionou o Brasil ao conquistar, na manhã de hoje (29), a medalha de prata. A atleta ficou no segundo lugar no individual geral da ginástica artística e encantou o país. Mas quem é a ginasta que vem chamando a atenção desde o início dos Jogos Olímpicos?
Nascida na periferia, ela dividia um único quarto com a mãe e todos os irmãos. Dona Rosa sustentava os filhos sozinha, ao trabalhar de doméstica. E no início da trajetória da jovem como atleta, era seu irmão quem a levava para os treinos numa moto.
Com nove anos, ela foi para longe da família e passou a viver em Curitiba, após um convite de uma treinadora. A mãe ficou morrendo de saudades, mas aceitou que a filha seguisse os próprios sonhos.
Depois, ela foi contratada pelo Flamengo e se mudou para o Rio de Janeiro, a fim de treinar num dos maiores clubes do país.
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Rebeca Andrade e as dificuldades
Rebeca já teve de fazer três cirurgias, em 2014, 2017 e 2019, o que a tirou de diversos eventos esportivos e quase fez com que ela ficasse fora dos Jogos Olímpicos. Nesta fase, ela pensou em desistir da carreira, mas novamente dona Rosa estava lá para incentivar a filha.
Por causa do coronavírus, houve momentos em que Rebeca achou que não conseguiria a vaga para os Jogos Olímpicos, já que os eventos foram adiados. Mas ela garantiu a classificação na última chance e terminou com a medalha de prata.
Rebeca ainda tem chance de mais duas medalhas na competição: nos saltos, em que é especialista, e no solo, quando irá dançar novamente Baile de Favela.