O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou, na tarde deste domingo (8), intervenção federal no Distrito Federal, determinada em consequência dos atos terroristas em Brasília.
Golpistas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. “Nós vamos tentar descobrir quem financiou isso. Quem pagou ônibus, estadia”, assegurou Lula.
O decreto que trata da intervenção é válido até o dia 31 deste mês e vale apenas para a segurança pública e o nome escolhido pelo presidente é Ricardo Garcia Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.
“O interventor fica subordinado ao presidente da República e não está sujeito às normas distritais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção”, disse Lula.
Cappelli é jornalista e pós-graduado em Administração Pública pela FGV. Nasceu no Rio de Janeiro em 11 de fevereiro de 1972 e estudou processamento de dados na Universidade Estácio de Sá, ponto de partida de sua atuação no movimento estudantil.
Em 1995, foi eleito presidente da União Estadual de Estudantes (UEE) do Rio de Janeiro.
Foi assessor no gabinete do vereador Fernando Gusmão, no Rio, e de 2000 a 2002, trabalhou na Coordenadoria de Políticas Públicas para a Juventude do governo do estado.
Em 2002, foi candidato a deputado estadual pelo PCdoB, mas não foi eleito. Ainda em 2008 tornou-se diretor de programas da secretaria executiva do Ministério do Esporte.
Desde 2015, Cappelli integrava a equipe de Flávio Dino, na época governador do Maranhão. Em 2022, passou a integrar a secretaria executiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Dino.