No último dia 20 de maio, o empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond, de 44 anos, foi encontrado morto em seu apartamento no Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro. Conhecido por sua reserva e prestatividade, a investigação aponta que ele foi envenenado ao comer um brigadeirão onde morava. Sua namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, é a principal suspeita e está foragida.
“Ele não merecia o que aconteceu. Foi tudo muito cruel”, disse Bruno Luiz Ormond, primo de Luiz Marcelo. Marcelinho, como era carinhosamente chamado pela família, tinha um perfil mais reservado, especialmente após a morte de sua mãe há um ano.
Em entrevista ao Uol, Bruno revelou que Júlia se reaproximou de Luiz após saber da morte de seus pais, aproveitando-se de um momento de vulnerabilidade do empresário. “Eles já se conheciam e começaram a se encontrar e a se relacionar novamente”, explicou o primo.
Marcelinho, que não tinha irmãos nem filhos, vivia da renda de aluguéis de apartamentos, o que, segundo Bruno, pode ter atraído a atenção da suspeita.
Nos dias que antecederam sua morte, o empresário se queixava de problemas de saúde, incluindo tonturas e dificuldades para enxergar. “Ele sabia que não estava bem”, relatou Bruno.
As câmeras de segurança do prédio registraram o último momento em que Luiz Marcelo foi visto com vida, entrando no elevador com Júlia após saírem da piscina. As imagens mostram os dois se beijando, com ele segurando um prato, possivelmente com a sobremesa envenenada e ela uma cerveja.
Últmas imagens do homem que supostamente morreu envenenado pela namorada com brigadeirão, mulher passou 3 dias com o corpo e chegou a ir pra academia, ela levou vários pertences após fugiu…
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O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado no sofá de seu apartamento após vizinhos sentirem um cheiro forte e acionarem a polícia. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, ele morreu entre três a seis dias antes de ser encontrado, mas a causa da morte foi inconclusiva.
A suspeita de envenenamento surgiu após depoimentos indicarem que Júlia teria comentado sobre o mau cheiro do corpo. Suyaney Breschak, conhecida como cigana, foi presa em Cabo Frio sob suspeita de ter ajudado a namorada do empresário a vender os bens da vítima e, segundo a investigação, confessou o crime.
Para a polícia, o crime foi premeditado. “Nos parece que ela já estava dopando ele há algum tempo, e em determinado momento resolveu ceifar a vida dele para poder colocar em prática o plano criminoso e atingir o objetivo que seria pegar os bens dele”, afirmou o delegado responsável pelo caso. Júlia teria permanecido no apartamento da vítima por vários dias após a morte, reclamando do mau cheiro e mencionando a presença de um “urubu na janela”.