O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será o relator da queixa-crime contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por comparar professores a traficantes durante um evento pró-armas em Brasília.
Segundo a coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, na petição protocolada na segunda-feira (10) no STF, a deputada Luciene Cavalcante alega possíveis crimes de difamação e calúnia, com agravante de proferir as ofensas em meio a um grande público e contra funcionários públicos.
Cavalcante é professora da rede pública há 20 anos e argumenta que teve sua honra subjetiva afetada pelo discurso do filho de Bolsonaro.
“Ao comparar professores com traficantes de drogas, o Querelado (Eduardo) imputa a estes fato criminoso, sabendo ser inverídico”, diz trecho da queixa-crime.
No domingo, Eduardo afirmou que “não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime”. Ele ainda acrescentou que “talvez até o professor doutrinador seja pior”.