Nesta quinta-feira (11), além de diversas manifestações por todo o país, a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) é palco do ato em defesa do Estado Democrático de Direito. Está sendo lido o manifesto “Em defesa da democracia e da Justiça” e a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”.
Reitor da universidade, o neurocirurgião Carlos Gilberto Carlotti Jr., responsável por organizar os manifestos, defendeu eleições “tranquilas” e “sem fake news”.
“Queremos eleições livres e tranquilas, um processo eleitoral sem fake news, sem intimidações”, disse ele.
Já Patrícia Vanzolini, presidente da seccional São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), defendeu o desenvolvimento da democracia, e que os atos são a reafirmção de um sistema democrático.
“Esse é o momento em que diremos que sim, nós queremos avançar e não aceitaremos retrocessos”, declarou.
Neca Setubal, socióloga e presidente do Conselho Curador da Fundação Tide Setubal, fez uma defesa enfática do sistema eleitoral brasileiro durante ato no Largo de São Francisco:
“Temos que ter orgulho que nós fomos pioneiros na urna eletrônica e mostramos que a urna eletrônica é muito mais factível e que a gente superou diferentes fraudes que existiam nos momentos anteriores à urna eletrônica.”
O ato tem sido marcado por manifestações. Antes da leitura começar, manifestantes presentes no local começaram a gritar ”Fora Bolsonaro”. A carta foi assinada por mais de 900 mil pessoas, contando professores, artistas, juízes, ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), artistas, candidatos à Presidência e membros da sociedade civil.
Personalidades como Fernanda Montenegro, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva foram signatários dos atos.
“Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo”, afirmou o ex-presidente Lula.