Radicais fichados pela PF organizam protestos no 7 de setembro

Atualizado em 5 de setembro de 2022 às 20:13
Presidente Jair Bolsonaro e Allan dos Santos
Foto: Reprodução

Vários radicais fichados pela Polícia Federal por ações extremistas e notícias falsas estão na linha de frente da mobilização para os atos de 7 de Setembro. Eles têm em torno de 30 milhões de seguidores e incentivam a presença nas ruas no feriado. Alguns dos termos usados por eles são mortes entre “inimigos do Brasil”, “expulsar demônios” e fim dos “discursos moderados” contra a “tirania”.

Reportagem publicada no Estadão informa que a reportagem do jornal monitora os influenciadores radicais há um mês, os quais argumentam usar apenas “figuras de linguagem” em sua atuação nas redes, mas, na verdade, têm um histórico de ações reais de violência política, tais como a invasão ao plenário da Câmara, em 2016, além de citações nos inquéritos dos Atos Antidemocráticos e das Fake News, de 2020, e o da desmonetização de canais que faturavam com notícias falsas, de 2021.

Atualmente, o grupo radical pauta seus ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), seguindo a linha do discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. O principal alvo é o ministro Alexandre de Moraes.

Sem qualquer impedimento legal, eles estão a postos a aumentar o tom dos discursos. Alguns deles têm experiência no planejamento de ações reais de radicalismo.

Candidata a deputada federal pelo PTB de Santa Catarina, Dileta Corrêa da Silva organiza a manifestação para o 7 de setembro em Balneário Camboriú. Há seis anos, ela e outros 56 militantes quebraram a porta de vidro do plenário da Câmara e invadiram o local para defender a intervenção militar. “Faria tudo novamente e faria até melhor, chamaria mais pessoas, colocaria mais pessoas no plenário”, afirmou Dileta ao Estadão.

O ex-deputado Roberto Jefferson, candidato à presidência da República, mas com registro cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em prisão domiciliar, divulgou um vídeo cobrando de Bolsonaro uma reação dura contra Moraes para garantir que as pessoas se manifestem. Ele chamou o magistrado de chefe da “milícia judicial” e disse que o presidente deveria mandar prender os atiradores de elite escalados para a segurança do ato em Brasília.

“É o Xandão que vai estabelecer o que o povo pode fazer em 7 de Setembro? Ano passado foi um fracasso, você fez um discursinho meia boca com medo de não sei o quê e agora você vai deixar eles mijarem em você? Poste não mija em cachorro, Bolsonaro. Reaje, Bolsonaro, ou acabou. Ou pede o boné e acabou”, disse.

Foragido da Justiça brasileira, o blogueiro Allan dos Santos incentivou, em um e-mail a seus seguidores, a não usarem o discurso moderado. “Não dá mais para usar o ‘discurso moderado’ como ferramenta contra a tirania”, escreveu. “Por isso, 7 de setembro será um dia tão importante. Além de ser o bicentenário da Independência do Brasil, será, também, o dia em que vamos mostrar que nada pode ser maior que a força popular”.

Veja os perfis que mais estimulam a participação no 7 de setembro:

Cleitomar Basso – Foco do Brasil

Adilson Nelson Dini – Ravox

Alberto Junio Da Silva – O Giro de Notícias

Camila Abdo Leite Do Amaral Calvo

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Emerson Teixeira De Andrade – Professor Opressor

Fernando Lisboa Da Conceição – Vlog Do Lisboa

Bernardo Kuster – Brasil sem Medo

Folha Política

Jornal Da Cidade On Line

Oswaldo Eustáquio

Roberto Boni – Canal Universo

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Allan dos Santos

Terça Livre

Enzo Leonardo Suzi – Enzuh

Marcus Bellizia – Movimento nas Ruas

Rafael Moreno – Movimento Brasil Monarquista

Carla Zambelli – deputada

Filipe Barros – deputado

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Luiz Phellipe Orleans e Bragança -deputado

Dileta Corrêa – Invadiu a Câmara em 2016

Davi Benedito – Invadiu a Câmara em 2016

Cabo Corrêa – Invadiu a Câmara em 2016

Jorge Ares – Invadiu a Câmara em 2016

Marilene D’Ottaviano – Invadiu a Câmara em 2016

Roberto Jefferson – Ex-deputado e candidato à presidência com registro cassado pelo TSE

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