Na terça-feira (5), Alexandre Ramagem (PL-RJ) deixou a sede da Polícia Federal em Brasília, após prestar depoimento no inquérito que investiga uma suposta tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ramagem, que esteve no local por cerca de 2h40, saiu às 16h40, mantendo silêncio sobre o conteúdo de seu depoimento.
O deputado, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um dos investigados nessa fase final do inquérito. A apuração aponta para uma tentativa de golpe envolvendo figuras do governo anterior, sendo Bolsonaro um dos principais nomes em análise pela investigação.
O depoimento de Ramagem é uma das etapas finais do processo, que deve ser concluído em breve. Segundo informações da coluna de Lauro Jardim, o deputado pode ser um dos indiciados, além de Bolsonaro. Ramagem foi procurado pela imprensa, mas preferiu não se manifestar sobre o caso.
Além desse inquérito, o ex-diretor da Abin responde a uma investigação sobre o uso da agência, sob sua gestão, para monitorar supostos adversários políticos do governo Bolsonaro. A Polícia Federal compartilhou informações entre as duas investigações, ampliando o escopo de análise sobre o ex-diretor da Abin.
A linha de investigação sugere que setores do governo anterior, incluindo a Abin, a Polícia Rodoviária Federal e outros órgãos, foram mobilizados para influenciar a posse de Lula. Entre as evidências reunidas pela PF está uma minuta discutida em reuniões nos palácios do Planalto e da Alvorada, onde se teria cogitado impedir a posse por meio de um estado de defesa.
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