As emissoras reconhecidamente bolsonaristas, Jovem Pan News e Record, viraram piada nas redes sociais após usarem um vídeo que mostra um avião sendo atingido por mísseis. As cenas, porém, são do game “ARMA 3”, da Bohemia Interactive Studio. Jogadores logo repararam a confusão. Em 2017, Record confundiu um vídeo do game Forza com uma espécie de teste para motorista presidencial.
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Nas imagens é possível ver uma arma de artilharia disparando contra um avião. Mas, na verdade, são assets – elementos de um jogo, como ilustrações e efeitos sonoros.
No entanto, o que mais chamou a atenção foi o fato de o vídeo parecer ter sido tirado do aplicativo Kwai, uma espécie de rival do TikTok. As informações são do Meubox.
Na Jovem Pan, a imagem foi exibida enquanto comentaristas, inclusive o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, analisavam a situação entre eles,
E a #jovempan usando um vídeo do Arma 3 … credibilidade que chama? @FabioClickTime pic.twitter.com/EjLNuyos7C
— Adriano ?? (@HeitorDesign) February 24, 2022
Já a Record exibiu o vídeo no “Balanço Geral RJ”. O erro foi percebido em um grupo Facebook, chamado “Enquanto a EA e a Ubisoft existirem eu não serei feliz”. No vídeo, um jornalista aparece falando sobre a crise ucraniana com imagens do jogo.
Parece que a Record também caiu na Fake News do vídeo de Arma 3 que foi divulgado como combate na Ucrânia. pic.twitter.com/EzvSa8y38w
— Arthur Tayt-Sohn (@arthurtaytsohn) February 24, 2022
Até o momento as emissoras não se manifestaram sobre o ocorrido.
Segundo o Meubox, especializado em games, a história do jogo Arma 3 ocorre na década de 2030 durante a fictícia Operação Magnitude.
A operação militar do mundo virtual é realizada por forças da OTAN na Europa contra “inimigos do leste” conhecidos como CSAT (sigla em inglês para Canton-Protocol Strategic Alliance Treaty) liderados pelo Irã com uma coligação de outros países do Oriente Médio e Ásia.
“Depois desta gafe, esperamos que os portais de notícia procurem melhor suas fontes e também usem banco de imagens mais confiáveis, um erro anterior muito semelhante já foi visto antes, quando em 2017 a Record confundiu um vídeo de Forza com uma espécie de teste para motorista presidencial”, disseram.