Recusa dos EUA em extraditar Allan dos Santos pesou para Brasil não entregar espião russo

Atualizado em 27 de julho de 2023 às 12:04
Allan dos Santos – Foto: Reprodução

A postura dos Estados Unidos em relação à ordem de prisão do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos pesou na decisão, autorizada pelo Ministério da Justiça, de barrar o pedido feito pelos americanos para extraditar aos EUA o espião russo Sergey Vladimirovich Cherkasov. A informação é do Metrópoles.

Cherkasov foi preso pela Polícia Federal (PF) em abril do ano passado, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Condenado por uso de documentos falsos, o russo está preso em uma área especial da penitenciária federal de segurança máxima de Brasília e é alvo de uma segunda investigação, por lavagem de dinheiro.

Assim como o governo russo, os EUA solicitaram a extradição do espião, alegando que ele atuou em território americano no período em que usou uma identidade brasileira falsa. O pedido americano, no entanto, foi rejeitado sumariamente pelo governo brasileiro.

O espião russo Sergey Vladimirovich Cherkasov – Foto: Reprodução

Segundo fontes graduadas do governo a par do assunto, um dos motivos principais para a negativa foi a falta de reciprocidade dos americanos em pedidos similares que são feitos pelo Brasil a Washington. O caso de Allan dos Santos é o maior exemplo disso, além de ser uma das razões do “veredicto”.

O bolsonarista tem contra si uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele é acusado de ameaçar autoridades, praticar crimes contra a honra e de incitar a prática de crimes. Mesmo diante disso, os EUA, segundo um integrante do governo Lula, nunca se dispôs a extraditá-lo para o Brasil.

Vale destacar que, tanto Allan dos Santos quanto Monark, têm se aproveitado das falhas de moderação do Spotify para se esquivarem de decisões judiciais e lucrarem com podcasts em que disseminam mentiras contra o sistema eleitoral e a pandemia de Covid-19. 

Os comentários feitos pelos influenciadores nos programas, além disso, desrespeitam as próprias diretrizes de usuário do Spotify, que proíbem a publicação de conteúdos ilegais. Pela legislação brasileira, isso inclui tanto crimes contra o Estado Democrático de Direito como infrações sanitárias.

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