Ainda permanecem no ar nas principais plataformas digitais conteúdos publicados nos últimos dois anos com questionamentos às urnas eletrônicas e ataques ao Judiciário, o que evidencia a demora das empresas na análise de violações de suas regras.
Essas postagens antigas com desinformação levantam dúvidas sobre o quanto as empresas efetivamente cumprem suas próprias políticas, uma vez que essas publicações preocupam pelo risco de voltarem a circular em outras plataformas, como WhatsApp e Telegram.
Um dos exemplos identificados pelo monitoramento feito por um grupo de pesquisadores brasileiros da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade de Lisboa, em Portugal, incluem vídeos nos quais a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) contesta a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Os conteúdos publicados pela bolsonarista não são os únicos. Outro apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que ainda tem vídeos circulando pelas redes é o pastor Silas Malafaia. Ele aparece em uma gravação fazendo ameaças ao ministro Alexandre de Moraes e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“O vídeo que continua disponível pode ser linkado em um site de desinformação. O YouTube é canal do ecossistema de desinformação montado no Telegram”, afirmou o professor de Estudos de Mídia Marcelo Alves, da PUC-Rio.
Vale destacar também que os dados do monitoramento apontam que a extrema-direita foi o segmento com maior índice de conteúdo fora do ar.
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