Reféns mortos “por engano” por israelenses seguravam bandeira branca, diz apuração

Atualizado em 17 de dezembro de 2023 às 10:35
Yotam Haim, Samer Talalka e Alon Shamriz, mortos no norte de Gaza. (Foto: Reprodução)

Uma investigação mais aprofundada sobre a morte de três reféns israelenses na Faixa de Gaza revelou que eles estavam segurando uma bandeira branca antes de serem atingidos pelo Exército de Israel.

O incidente ocorreu durante uma operação no subúrbio de Shejaiya, uma área de combate intenso onde membros do Hamas usavam roupas civis como tática para confundir as forças israelenses.

Identificação dos reféns e desdobramentos

Os reféns, identificados como Samer Talalka, Yotam Haim e Alon Lulu Shamriz, foram mortos acidentalmente durante uma mega-ação do Hamas em outubro.

A investigação destacou que dois reféns foram mortos instantaneamente quando um soldado se sentiu ameaçado, enquanto o terceiro, ferido, procurou abrigo e pediu ajuda em hebraico.

Apesar da ordem de cessar-fogo, uma segunda rajada de tiros resultou na morte do terceiro refém, indicando um erro na operação.

Repercussões 

O incidente aumenta a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu, que já enfrenta críticas e protestos dos parentes dos sequestrados.

Benjamin Netanyahu. (Foto: Reprodução)

Este é o primeiro caso confirmado em que Israel reconhece a morte acidental de reféns. Em sua defesa, os militares israelenses afirmaram que Israel compromete-se com total transparência na investigação, expressando “profundo remorso pelo trágico incidente”.

O caso também levanta debates sobre a complexidade das operações em áreas de combate intenso, onde o risco de erros é mais acentuado.

Desafios da guerra urbana

A guerra aprofundou-se em vários centros do Hamas na Faixa de Gaza, tornando-se mais mortal também para Tel Aviv. Shejaiya, palco de intensos combates, registrou a maior baixa de Israel em um só dia, com a morte de dois altos oficiais e sete soldados israelenses.

As forças de Israel, nos labirintos de túneis e ruínas, tornam-se suscetíveis a emboscadas, e a guerra já causou mais baixas militares israelenses em comparação com o conflito anterior em 2014.

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