O governo do Reino Unido convocou o embaixador de Israel em Londres após a morte de sete funcionários da ONG humanitária World Central Kitchen (WCK) na Faixa de Gaza. O ministro do Desenvolvimento e da África do Reino Unido, Andrew Mitchell, que é chefe da diplomacia britânica, afirmou que solicitou “uma investigação rápida e transparente” sobre o caso.
“Reiterei a necessidade de Israel implementar imediatamente e urgentemente um mecanismo eficaz de resolução de conflitos para aumentar o acesso humanitário. Precisamos de ver uma pausa humanitária imediata, para obter ajuda e retirar os reféns, e depois progredir no sentido de um cessar-fogo sustentável”, afirmou Mitchell.
Os funcionários da WCK foram assassinados em Gaza durante ataque a mísseis israelense. A ofensiva matou três britânicos, além de uma motorista palestina, uma australiana, um canadense e um polonês.
O comboio atingido contava com três veículos, dois deles com o logotipo da WCK. Após o atentado, a ONG humanitária, que serviu mais de 42 milhões de refeições em Gaza, anunciou a suspensão de suas operações na região.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, afirmou que as mortes são “totalmente inaceitáveis” e disse que “Israel deve explicar urgentemente como isso aconteceu e fazer mudanças significativas para garantir a segurança dos trabalhadores humanitários no terreno”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reconheceu o ataque e minimizou as mortes do grupo de funcionários da ONG, dizendo que coisas do tipo “acontecem em guerras”. Ele alegou que o ataque atingiu “involuntariamente pessoas inocentes”.