Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) anunciou, no último domingo (16), que deixará de administrar as redes sociais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No comando da função, Carluxo já protagonizou diversas polêmicas e brigas.
Durante o primeiro ano de governo do pai, em 2019, Carlos provocou uma crise no Planalto ao chamar de mentiroso o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno. Ele foi demitido do GSI após o caso. Vale destacar que Bebianno morreu em 2020 após ter um infarto.
Outro alvo de Carluxo foi o general Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro. Ele foi acusado de traição e de atuar contra o então presidente. Além dele, o filho “02” do ex-capitão também não tinha uma boa relação com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Após a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição, Carlos, que na época manejava as contas do pai, deu unfollow em Michelle nas contas de Bolsonaro. A relação de ambos já era ruim, no entanto, piorou ao longo da campanha.
Também em 2019, Carluxo criticou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no caso da prisão de um militar da Aeronáutica flagrado com 39 kg de cocaína na Espanha, durante viagem da comitiva presidencial. “Mais uma falha de segurança. Seria bom a segurança do Presidente ficar mais atenta”, escreveu no Twitter.
Uma das polêmicas mais recentes foi a postagem golpista feita por Carlos no perfil do ex-presidente no Facebook. A publicação serviu como base para incluir Bolsonaro na investigação sobre a autoria intelectual dos atos terroristas de 8 de janeiro.
Na ocasião, ele compartilhou um vídeo que questiona a vitória de Lula na eleição, faz ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) e desacredita o sistema eleitoral brasileiro, dois dias após os ataques terroristas em Brasília, em 8 de janeiro. A família de Bolsonaro culpa Carluxo pela postagem.
Além disso, Carlos foi acusado de rachadinha em seu gabinete. Waldir Ferraz, amigo de Bolsonaro, afirmou que a advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher do ex-mandatário, comandou um esquema de rachadinha que incluía os gabinetes do ex-marido, de Carlos e de Flávio Bolsonaro.
Carluxo também usava as redes do pai para publicar textos em tom enigmático e com mensagens golpistas. Em uma dessas postagens o vereador escreveu que “por vias democráticas, a transformação que o Brasil quer não acontecerá”.