Renato Cariani: o mercador pós-moderno de escravos. Por Adriano Viaro

Atualizado em 13 de dezembro de 2023 às 12:50
O empresário e influencer Renato Cariani. (Foto: Reprodução)

Não há nenhuma contradição entre o papel de influencer de Renato Cariani (orientação para alimentação saudável, preparação física e cuidado com o corpo) e o envolvimento com produção de crack. Cariani orienta a classe média e rica para que tenha saúde, enquanto fornece aos pobres a sua droga definitiva.

Ele é competente em seu trabalho de preservação de classe e, por tabela, de raça também. É o direcionamento total de seu nome e prestígio para a “solução final”. A Cracolândia é o campo de concentração que coloca dependentes em esteira rumo à fornalha a céu aberto.

Renato Cariani em nada ou pouco se difere de um traficante de negros escravizados do Brasil dos idos da Colônia. Ou melhor, providencia a morte daqueles que sobreviveram ao holocausto escravista. É a retirada de circulação destes que não podem consumir as suas aulas, e que mesmo que pudessem não seriam bem-vindos.

Não é um erro de um influencer querido pelo seu público. É um projeto de manutenção de um trabalho, a partir da eliminação daqueles que foram destinados aos recortes geográficos da península de alhures. Cariani é uma espécie de “mito” para os seguidores do “mito”. No fascismo cada um ocupa uma célula e cumpre um papel. O de Renato Cariani é límpido e transparente: dar corda aos enforcados.

Enquanto se preocupa com a orientação da quantidade de peitos de frango e salada que a população eleita deve consumir, enriquece vendendo veneno para a limpeza de classe. Renato Cariani é o mercador, pós-moderno, de escravizados. Mas sua atuacao mercadológica não consiste na venda de mão-de-obra, mas sim na retirada de circulação daqueles que ainda habitam o solo dos predestinados.

 

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