O diversionismo da vez dos eternos golpistas de plantão atende pelo nome de semipresidencialismo.
Para resumir, introduz no cenário político a figura do primeiro-ministro e aumenta o poder do Congresso.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), usa a Proposta de Emenda à Constituição como moeda de negociação entre o Planalto e sua tropa de choque na Câmara e no Senado.
De autoria do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), a PEC tem Temer como garoto propaganda – o golpista diz que seu governo, quando entregou até as abotoaduras ao Centrão, é exemplo de que a coisa funciona.
No STF, Ricardo Lewandowski faz um alerta:
“A proposta, ligeira variante do parlamentarismo, que volta a circular às vésperas das eleições de 2022, caso venha a prosperar, possivelmente reeditará um passado que muitos prefeririam esquecer”.
O DCM falou com Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, que também fala em tentativa de golpe.
O Brasil já rejeitou o parlamentarismo em dois plebiscitos. O mais recente em 1993.
Não há motivos determinantes para uma nova consulta a respeito do tema e nem para uma alteração do nosso regime presidencialista.
No momento em que Lula ocupa a posição de franco favorito para as eleições de 2022, e o PT a posição de partido de maior preferência entre os eleitores do país, as vozes dos que defendem hoje o semipresidencialismo soam como um alerta para uma tentativa de golpe.
Nada mais repugnante e previsível.
Não há no país, entretanto, clima para ameaças desta natureza.
O Brasil precisa de um governo de “reconstrução”, e não há ninguém mais preparado para liderar este processo que o Presidente Lula.
Os esforços, agora, precisam se concentrar na defesa da Democracia, das instituições e da vontade popular.