Resgate de brasileiros em Gaza requer autorização de Egito, Israel e Palestina

Atualizado em 12 de outubro de 2023 às 0:28
Palestinos inspecionam os escombros de um edifício após ter sido atingido por um ataque aéreo israelense, na cidade de Gaza, em 8 de outubro de 2023 — Foto: Fatima Shbair/AP

Nesta quarta (11), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil aumentou os esforços para negociar a retirada de brasileiros da Faixa de Gaza, diante da iminente invasão israelense na região. A logística para a operação já foi planejada, incluindo o uso de ônibus para levar o grupo do norte da Faixa de Gaza até o ponto de passagem em Rafah, na fronteira com o Egito, de onde seguirão para a capital do Cairo.

No entanto, a operação depende da autorização de três partes: Egito, Israel e Palestina. É crucial que todas as autoridades envolvidas estejam alinhadas operacionalmente para evitar riscos desnecessários, de acordo com fontes do Itamaraty. O ministério já havia pedido para Israel poupar dos bombardeios uma escola em Gaza onde está abrigado um grupo de brasileiros.

A Força Aérea Brasileira disponibilizou seis aviões para o resgate de brasileiros no Oriente Médio. O primeiro deles, que partiu de Israel, desembarcou em Brasília na madrugada desta quarta.

Passageiros brasileiros em voo da FAB que partiu de Israel — Foto: Reprodução/GloboNews

A passagem de Rafah tem sido frequentemente fechada devido a bombardeios, tornando essencial que a saída dos brasileiros ocorra com o conhecimento e consentimento de todas as partes envolvidas. O ministro das relações exteriores, Mauro Vieira, manteve uma conversa telefônica com o chanceler egípcio como parte dessas negociações.

Até o momento, aproximadamente 30 brasileiros, incluindo sete famílias e 16 menores de idade, solicitaram assistência para deixar Gaza. O embaixador brasileiro Alessandro Candeas informou que uma lista com os nomes das pessoas que serão evacuadas do local foram entregues ao Egito, às autoridades de Israel e ao grupo que “controla de fato” a Faixa de Gaza

O embaixador esclareceu que não teve contato com o Hamas, responsável pelo bombardeio à Israel. Os brasileiros serão transportados até a fronteira com o Egito em dois ônibus. Os veículos serão identificados com bandeiras brasileiras para evitar possíveis ataques.

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