“Resultado do ódio bolsonarista”: como ministros e autoridades reagiram após ataques a Moraes em Roma

A deputada Gleisi Hoffamana, presidente do PT, pediu "todo rigor da lei aos agressores"

Atualizado em 15 de julho de 2023 às 18:48
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Foto: Carlos Moura

Ministros e parlamentares usaram as redes sociais neste sábado (15) para prestar solidariedade ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que sofreu ataques verbais no Aeroporto Internacional de Roma.

Na última sexta-feira (14), o ministro foi abordado por três bolsonaristas e chamado de “bandido, comunista e comprado”. Roberto Mantovani Filho agrediu fisicamente o filho de Moraes.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann disse que os ataques a Moraes e seus familiares é “resultado do ódio disseminado por lideranças bolsonaristas”. A deputada federal pediu “todo rigor da lei aos agressores”.

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou que “ataques dessa natureza são inconcebíveis na democracia” e pediu que os autores das agressões sejam “rapidamente submetidos à Justiça”.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também se posicionou em defesa do ministro. Na publicação, Padilha afirmou que a “defesa do Estado de Direito e a segurança de nossas instituições” são pilares democráticos e informou que as autoridades competentes estão investigando o caso.

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, disse que “importunar, assediar, agredir verbal ou fisicamente um servidor público em razão do trabalho que realiza é intolerável”.

O líder do governo na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), afirmou que o ataque a Moraes, a que se referiu como uma hostilidade “covarde”, representa “o legado cruel, de ódio, deixado pelo ex-presidente”.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) também usou suas redes sociais para prestar solidariedade ao ministro e a seus familiares, apontando que “nada justifica a violência política, ainda menos quando esta recai sobre familiares”.

O deputado André Janones (Avante-MG) afirmou que o ataque contra Moraes é “um ataque direto as nossas instituições”. “Esperamos punição exemplar, não aceitaremos mais a violência política e a intolerância”, escreveu o parlamentar no Twitter.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, lamentou os ataques e manifestou sua “total indignação contra os atos de um grupo raivoso e antidemocrático que, infelizmente, ainda existe no Brasil e fora dele”.

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