Na última segunda-feira (14), data que marcou o quarto ano do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes., a imprensa noticiou a reunião da família da vereadora com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ) e o secretário da Polícia Civil, Allan Turnowski. Nesta sexta-feira (18), no entanto, o UOL trouxe um fato novo: o encontro teria sido marcado por bate-boca o Palácio Guanabara, sede do governo do Rio. Essa foi a primeira vez que os familiares se reuniram com o governador.

Sem acesso às investigações e aos autos do processo, a família teria cobrado uma resposta sobre o mandante e a motivação do crime. Em um dos momentos mais tensos, incluse, Allan Turnowski teria sido perguntando se a falta de respostas seria pelo fato de a polícia ser ou incompetente ou corrupta. Para obter informações sobre a investigação, a mãe de Marielle, Marinete da Silva, protocolou na Justiça o acesso aos autos do processo.

Exaltado, o secretário teria reagido, levando o governador o Rio a interferir, pedindo calma a Turnowski para que a reunião continuasse. O secretário da Polícia Civil citou a prisões ocorridas em 2019 como prova de que as investigações não estariam paradas. Na ocasião, os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos acusados de serem os executores do crime.

Após a reunião, a ex-mulher de Marielle Franco, a vereadora Monica Benício (PSOL-RJ) chegou a usar as redes sociais para demonstrar a sua insatisfação para com o governador. Em uma postagem no Instagram, ela também cobrou respostas do governador.

“Estamos há 4 anos exigindo justiça para um crime que abalou a democracia brasileira. Um crime sofisticado, mas que deixa rastros do que há de pior na política brasileira. Execução política a mando de quem? Queremos que o governador Cláudio Castro nos responda se é incompetência ou se há interesse que a investigação não ande”, escreveu.

 

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Fala de castro gerou desconforto em missa dedicada a Marielle e Anderson

O UOL informou ainda que o desconforto começou ainda durante uma missa em memória da vereadora e do motorista na Igreja da Candelária, quando a comitiva do governador teria se atrasado, prejudicando a programação.

Além disso, em sua primeira fala, Castro teria afirmado que era a pessoa mais interessada em desvendar o caso. A frase, no entanto, soou como “vazia” e desrespeitosa com os parentes, que convivem há quatro anos com a falta de respostas.

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