O reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador da organização não governamental chamada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), pode não se lembrar de suas relações com as pessoas do governo Bolsonaro, como tentou fazer crer em seu depoimento nessa terça-feira (03) na CPI, mas demonstra ser grande entusiasta da intervenção militar.
Em sua resposta à senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) o reverendo falou um número de telefone. Cadastrando tal número com o DDD de Brasília no Whatsapp, na foto de identificação aparece a imagem acima: o leão, símbolo dos conservadores, e a mensagem na qual lê-se: “PORTA DOS QUARTÉIS – Só as Forças Armadas tem a Força para deter os criminosos do Congresso e STF e só o POVO tem o PODER de pedir…” ( o restante da frase não aparece na imagem disponível).
Trata-se de uma imagem usada em grupos bolsonaristas para convocar o gado para manifestações nas portas dos quartéis, em atos que ficaram conhecidos como “anti-democráticos” e foram objeto de inquérito aberto pela Suprema Corte.
A reportagem do DCM checou e tal número realmente pertence ao reverendo Amilton, que pode ser o elo entre as negociações paralelas de vacinas pelo governo brasileiro e o gabinete do ódio.
Ou seja, na opinião do depoente do dia, o Congresso Nacional, do qual faz parte o Senado, é formado por “criminosos” mas, a julgar pelas reações dos senadores que o ouviram na CPI, se não estivesse amparado por um Habeas Corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, possivelmente teria sido ele a ser preso.