Reviravolta: entenda o que muda no caso Choquei após descobertas da polícia

Atualizado em 6 de março de 2024 às 14:06
Jéssica Canedo tirou a própria vida após ataques por especulações sobre relação com Whindersson Nunes. Foto: Reprodução

O caso de Jéssica Canedo, que tirou a própria vida após ser atacada nas redes sociais por especulações de que teria algum envolvimento amoroso com o youtuber Whindersson Nunes, teve uma reviravolta nesta quarta (6). A notícia falsa foi espalhada por páginas de fofoca como “Choquei” e “Garotx do Blog”, mas a Polícia Civil de Minas Gerais descobriu quem foi o principal responsável por disseminar a fake news.

Segundo o delegado Felipe Oliveira Monteiro, a jovem foi a responsável por espalhar a mentira. A Polícia Civil identificou que Jéssica criou prints de uma conversa falsa com o humorista e enviou a perfis de fofoca nas redes sociais, que espalharam as imagens manipuladas.

“Durante as investigações foi apurado e concluído que todas as fofocas veiculadas pelas páginas foram criadas e divulgadas pela própria jovem. Ela fez toda a montagem e divulgou para as páginas de notícias sobre o seu relacionamento com o humorista”, afirmou o delegado.

“Choquei” e “Garotx do blog” foram as principais páginas que espalharam a fake news sobre Jéssica. Foto: Reprodução

Investigadores ainda encontraram três perfis falsos criados por Jéssica que foram usados para entrar em contato com as páginas e entregar os prints manipulados. Após a repercussão das imagens, a jovem passou a ser atacada nas redes e confirmou que estava conversando com o humorista, mas alegou que o conteúdo estaria sendo distorcido nas redes. Posteriormente, ela e Whindersson negaram as conversas.

Ela chegou a gravar um vídeo pedindo para que usuários das redes sociais parassem de atacá-la, mas acabou tirando a própria vida. Jéssica sofria de depressão, segundo a família.

Uma jovem de 18 anos de Rio das Ostras (RJ) foi indiciada por indução ao suicídio contra Jéssica. As páginas “Choquei” e “Garotx do Blog”, que foram criticadas após a morte da jovem, não serão indiciadas. Segundo o delegado, os donos dos perfis não serão responsabilizados porque a disseminação de fake news ainda não é crime no Brasil.

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