O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), chega ao último ano de seu mandato tendo cumprido apenas 11 da 86 metas estabelecidas no início da gestão. Dos objetivos do emedebista, 20 ainda sequer começaram e outros 55 estão em andamento e sem certeza de que serão alcançados até o fim do ano.
As principais metas não cumpridas estão nas áreas de educação e mobilidade, mas há medidas que foram prometidas e não executadas na cultura, no meio ambiente e na saúde também. Os dados foram divulgados pela prefeitura em outubro de 2023.
Dos 12 CEUs (Centros Educacionais Unificados) prometidos para a capital pela gestão Nunes, apenas 4 foram implantados. Também estavam na lista de objetivos dez salas de cinema e dez territórios educadores em CEUs, que sequer saíram do papel.
Na área de saúde, foram implantadas nove das 15 UPAs (Unidade de Pronto-Atendimento) planejadas e nove dos 16 espaços destinados ao atendimento de saúde bucal.
Entre os 11 pontos que Nunes conseguiu concluir em seu mandato estão a ampliação de iluminação pública utilizando lâmpadas LED em 330 mil pontos, licenciar 300 mil moradias populares, pavimentar 480 mil metros quadrados de vias sem asfalto, ampliar ações protetivas para 2,5 mil mulheres vítimas de violência e criar um hospital veterinário.
A prefeitura da cidade também tem 18 metas com mais de 75% de execução. Uma das maiores pendências da gestão é na área de trânsito e mobilidade, já que Nunes não cumpriu nem a metade dos compromissos de recuperar 20 milhões de metros quadrados de vias públicas.
O mesmo ocorre com as promessas de manutenção de 1,5 milhão de metros quadrados de calçada e a construção de 300 quilômetros de ciclovias. O programa do emedebista prometia 260 obras de manutenção, recuperação e reforço em pontes e viadutos, pontilhões, passarelas e túneis, mas apenas 59 foram feitas.
A equipe de Nunes não detalhou cada uma das metas e alegou que está consolidando dados mais recentes para apresentar um novo balanço. O documento foi elaborado por Bruno Covas (PSDB), que morreu em maio de 2021, e a gestão de Nunes modificou pelo menos 27 das promessas em abril do ano passado.