O dinheiro excessivo no futebol criou mercenários no campo e corruptos fora dele

Atualizado em 30 de novembro de 2010 às 9:40
Teixeira, Hayatou e Leoz

Não são bons os tempos para o futebol no quesito decência.

O programa de tevê Panorama, um dos campeões de audiência da BBC, obteve documentos que apontam corrupção em três altos funcionários da Fifa.

Um dos três é Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Os outros dois são Nicolas Leoz, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, e  Issa Hayatou, vice-presidente da Fifa para assuntos relativos à África.

Segundo os papéis obtidos pelo Panorama, os três receberam propinas equivalentes a 100 milhões de dólares, ou 200 milhões de reais. Procurados pela BBC, nenhum deles falou sobre o assunto. O programa afirma que quem passou o dinheiro foi a empresa de marketing esportivo ISL. Os pagamentos teriam ocorrido entre 1989 e 1999. Em 2001, a ISL quebrou.

A Fifa tem que ser devassada. É uma caixa preta.

Também a CBF.

O enorme dinheiro que o futebol passou a gerar nas últimas décadas criou um exército de mercenários dentro do campo e de corruptos fora dele.